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Chefes da máfia italiana deixam prisão por medo da pandemia do coronavírus
27/04/2020

Vários chefes da máfia italiana estão deixando a prisão por causa de uma nova determinação relacionada ao novo coronavírus, disse um procurador antimáfia do país.

Francesco Bonura, líder influente do grupo Cosa Nostra, da Sicília, Vincenzo Iannazzo, membro do Ndrangheta, e Pasquale Zagaria, membro do clã Casalesi foram encaminhados para prisão domiciliar, segundo o procurador Federico Cafiero De Raho.

 

Para conter a propagação de COVID-19 dentro das penitenciárias, o governo italiano autorizou a transferência, para a prisão domiciliar, de presos que têm 18 meses ou menos de pena para cumprir.

De Raho afirmou que os três homens vinham sendo mantidos sob “medidas extras de isolamento”, para evitar o contato com pessoas de fora do presídio em razão do papel que eles desempenham nos grupos mafiosos.

“Assim que eles forem enviados de volta para casa, essas medidas obviamente não serão mais aplicadas", explicou o procurador.

Bonura, sentenciado a 23 anos de prisão e acusado de ligação com a máfia, está a apenas nove meses do fim do cumprimento da pena.

Iannazzo recebeu a pena de mais de 14 anos em regime fechado por acusações de que era cúmplice de um sindicato da máfia. Ele também é conhecido por ser um poderoso líder do clã na cidade de Lamezia Terme.

Zagaria foi sentenciado a 20 anos de prisão por ser membro de um grupo mafioso. Ele foi considerado a mente financeira do Casalesi.

Decisão recebe críticas

A libertação dos chefes da máfia foi muito criticada na Itália. “Isso é loucura”, disse Matteo Salvini, líder do partido opositor Liga, em um vídeo publicado no Facebook. “É uma falta de respeito com a população, parlamentares, jornalistas, policiais e vítimas da máfia.”

O ministro da Justiça do país, Alfonso Bonafede, afirmou que a decisão foi tomada por parlamentares de forma “autônoma e independente”. No entanto, as autoridades estão considerando uma proposta de envolver o departamento antimáfia do país na decisão.

“Neste momento de crise, grupos mafiosos podem se infiltrar ainda mais na vida econômica, principalmente ao apoiar ou mesmo comprar empresas em dificuldades financeiras, que não conseguem obter ajuda pública e, portanto, são obrigadas a recorrer a fontes de crédito alternativas, como as organizações criminosas”, disse De Raho.

Ao todo, o número de presidiários na Itália caiu para 6,5 mil desde 29 de fevereiro, segundo o Ministério da Justiça da Itália.

 
Fonte: Livia Borghese e Robert Iddiols, da CNN
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